domingo, 11 de março de 2012

Da Emoção à Lesão

Lendo sites na internet cheguei a este que me chamou muita atenção pelo título, ao lê-lo me interessei enormemente. Assim, resolvi disponibilizar para vocês o link e um trecho do artigo.
Abraços



A Opção Somática das Emoções

É no Sistema Límbico que tem início nossa função avaliadora da situação, dos fatos e eventos de vida. Esse modo de avaliação sempre leva em consideração vários elementos, tais como, a personalidade prévia, a experiência vivida, as circunstâncias atuais e as normas culturais.
É devido a esse aspecto multifatorial que uma dada situação vivida pelo indivíduo sofrerá um processamento interno envolvendo sua avaliação quanto à natureza do evento e sua possível ameaça, bem como um processamento interno acerca da escolha ou decisão da melhor maneira de enfrentamento, resultando, finalmente, numa dada resposta. Tanto os fatores constitucionais de personalidade, quanto as experiências anteriores de vida representariam o núcleo desse sistema de avaliação.
Desde a década de 60, Selye já dizia que a "preferência" de um agente estressor por um determinado órgão ou sistema, bem como a intensidade dessa resposta, parece ser determinada por fatores condicionantes internos e externos ao indivíduo, ou seja, depende de características herdadas e adquiridas.
De acordo com esse aspecto extremamente pessoal da resposta do sujeito ao objeto estresse, podemos entender porque diante de situações semelhantes, os diversos indivíduos reagirão de forma diferente. Isso refletirá sempre o modo peculiar de cada um avaliar as situações, e o que é estressante para um, pode não ser para outro.
Da mesma forma, também o modo de enfrentar cada situação é peculiar e particular a esse determinado indivíduo, conforme sua história, circunstâncias, aptidões e personalidade. Essas aptidões personais (de personalidade) são quem nos oferece maiores ou menores "opções" de enfrentamento da situação.
E a palavra "opções" foi colocada entre aspas por tratar-se de uma atitude intencional e involuntária. Pode-se dizer, então, que a opção mais elaborada de enfrentamento seria aquela de encarar a situação conscientemente, objetivamente, podendo falar sobre ela, discutir, refletir, superando-a conforme as características e os recursos à nossa disposição.
Quando não é possível encarar a situação objetivamente, seja porque o problema não está sendo consciente, seja porque faltam recursos disponíveis à personalidade, a tendência será lançar mão de outras formas mais atípicas de enfrentamento.
forma mental de enfrentar a situação seria, por exemplo, fantasiar, racionalizar, negar, rezar. A maneira emocional atípica de enfrentamento seria deprimir-se, agredir, culpar os outros ou culpar-se, chorar, gritar. Outras atitudes de enfrentamento atípico, seriam isolar-se, exibir-se, brincar, arriscar-se, comer, beber, transar, fumar, trabalhar, tudo excessivamente e, finalmente, de particular interesse à psicossomática, surge uma maneira somática de enfrentamento, representada pelo adoecer.
Eis algumas "opções" de enfrentamento adotadas pela maioria das pessoas*:
1. Olhar o problema objetivamente.
2. Buscar alternativas para enfrentar a situação.
3. Falar sobre o problema.
4. Ter esperança de que as coisas melhorem.
5. Procurar apoio com familiares e amigos.
6. Agitar-se fisicamente.
7. Fumar, beber e usar drogas.
8. Comer e dormir em excesso.
9. Adoecer fisicamente.
10. Gritar e agredir.
11. Meditar e relaxar.
12. Isolar-se e ficar só.
13. Esquecer o problema.
14. Resignar-se.
15. Sonhar e fantasiar sobre o problema.
16. Rezar.
17. Ficar nervoso.
18. Preparar-se para o pior.
19. Deprimir-se.
20. Dedicar-se excessivamente ao trabalho.

*MELO FILHO J – Psicossomática Hoje – Artes Médicas, 1992

Ballone GJ - Da Emoção à Lesão - in. PsiqWeb, Internet, disponível em  http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=25


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